Desculpas

De tanto andar em busca de tantas dúvidas, no final parou diante de si

Observou que são tantas e considerou até ser inútil tentar entender o início e o fim

Aquela mente cheia, conturbada, com muitas críticas, pensamentos análogos

No final das contas, antes de entender o que é o próprio final, cansou dos seus próprios diálogos

Mudança repentina?

Talvez, um pensamento intuitivo?

Provavelmente.

O certo é que chegou a um ponto de preferi não conturbar mais sua mente

Desculpas, é o que só tem a dizer

Mesmo que não seja digno de recebe-las, das coisas do mundo só quis entender

Mais uma mente que mergulhou cedo demais no empirismo profundo

Talvez um dos poucos que passou a viver questionando as coisas do mundo

Variou tanto em seus próprios questionamentos

Que chegou uma conclusão: Foi longe demais na busca do conhecimento

Não que conhecer seja algo errado

A diferença é que nem sempre é bom viver duvidando das verdades e querendo sempre entender o outro lado

Ah, o outro lado pós vida!

Talvez seja isto que o fez ter sede de tanto conhecimento

Provavelmente tenha sido isto a sede pela busca da essência do entendimento

E o que se determinou ao certo?

Bom, ainda é cedo para enlouquecer por este mundo espesso

Via que é uma dentre tantas outras mentes com um dom, uma capacidade

Chegou a conclusão que às vezes é bom duvidar de certas verdades

Mas alguns dogmas. Ah! Este só a vida dirá

Como já lhe disseram "não adianta abraçar o mundo e mal conseguir se abraçar"

As dúvidas continuaram, mas a estrada está aí

Se é cedo ou tarde, do que importa

O importante é apenas seguir

Assim então, diante de uma mente conturbada

Apenas sentou-se, respirou, para si olhou e no fim se enxergou

Percebeu que era hora de voltar para sua estrada

Se o que haverá amanhã, ele decidiu parar de pensar

Se as coisas serão em vão, preferiu nem se preocupar

Invencível. Afinal de contas todos nos somos assim

Talvez a grande diferença seja saber o que almejamos como um fim

Desculpas, é somente o que tem a falar

De resto, aquele poeta perdido decidiu apenas se levantar

Pegou então sua bagagem, colocou nas costas

Vislumbrou o horizonte e ali enxergou as respostas

De volta a estrada e agora com um único pensamento

É uma meta que almeja, vou levantar os olhos esquecer os tormentos

Olhar aos céus agradecendo a cada momento

Pedir que sacie as dúvidas em cada silêncio

Ah talvez um poeta, talvez um mero amador

De certo não sei

O que sei é que é hora de esquecer os desfoques

Olhar no horizonte e ver sempre o norte

Desculpas é apenas o que peço

Não é direcionado a ninguém, mas sim ao universo......

PRMendes
Enviado por PRMendes em 09/05/2015
Código do texto: T5236588
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