Uma morte anunciada

Estou calada, agora...

Me calo diante de

uma morte anunciada

Não são os querubins

que anunciam

são os olhos arregalados

que falam, em sua dor...

Estou diante da realidade da vida

Estou vendo a morte de frente

e eu a vejo aqui, bem perto de mim

Não a quero para aquele que sofre

não a quero para mim

Ele se esvai e seguirá no caminho

que a morte lhe traz

E eu fico aqui, até quando, não sei...

Eu temo a morte também

mas ela ainda

não me disse que vem...

O poeta Orpheu Leal nos trouxe a sua contribuição numa bela interação:

Morrer faz parte da vida,

é o cumprimento da Lei;

Quando chegar a partida,

Morre um rei ou um plebeu.

Obrigada, poeta!

Ana Campos e Orpheu Leal
Enviado por Ana Campos em 30/04/2015
Reeditado em 02/07/2015
Código do texto: T5226081
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