Talvez eu nunca saiba

Neve macia, frio, chuvisco lá fora, tudo cinza.

Dentro cobertor e chocolate quente

Alma aquecida, sem frio, aconchegante.

Ninguém para acaricia-la

Mas ainda assim, aquecida.

Trancada em seu casebre sem entradas nem saídas,

Ela segue protegida

Não envolvida a nada

Mas também não abandonada ao frio e á sorte

O que seria melhor?

Sentir todo o frio para que alguém a aquecesse?

Ou não ter ninguém para aquecê-la porque não vai para o frio?

Talvez eu nunca saiba.

Marta Almeida
Enviado por Marta Almeida em 18/03/2015
Código do texto: T5174633
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