O quinto primeiro dia
Começo de ciclo,
biscoito velho
Cheiro de guardado
E tanta coisa por fazer
Café amargo, falsificado
E muita incerteza pela frente.
Um começo que não é começo,
É a continuação de um tropeço
O slow motion de um fracasso
A demora no erro de um passo.
Em tão pouco tempo,
Tanta coisa aconteceu
Morreu o gato, morreu o rato
E o abacaxi apodreceu.
É tempo de tirar o lixo,
Tempo de limpar a casa
Pois em breve até pra isso
Precisaremos pedir permissão.
Quem sabe o que nos aguarda?
Que destino nos espera?
A mordida do leão?
Ou a garganta de outra fera?
Ninguém sabe de nada
E cada vez sabe-se menos.