A alma romanesca na tarde de sol
O sol sangrou com uma suavidade,
que muitos não notaram presos aos arranhas céus dos prédios.
Os segundos de desejos alcançados
são como sonhos reais acordados,
é como beijar o prazer no esquecimento do encontro
desse sol que é o vestígio do mundo humano,
de cada passagem,
em cada tarde apaixonada da alma,
sobre aquele em que fomos em passeio.
Eu tenho duas almas, cada qual é uma laranja.
Uma é aquela que me beija a boca,
outra saboreia os pensamentos
pelo o gosto de uma lembrança azul.
A alma romanesca na tarde de sol
se embriaga quando está paixonada.
O sol é quente, no sopro dos desejos enternecidos.
( Poeta das almas )
Fernando Henrique Santos Sanches