O que há

Estou a mostrar o que há em mim.

O que vaza todos os dias pelos dedos

e como serpentes rastejam para o fim.

O fim da folha, o fim de mim.

O fim que chega como um ponto,

curto ou longo aos gritos assim:

- Eu sou tão viva quanto o sol que queima,

sou tão pura quanto à água que cura.

Sou da terra, do vento, do mesmo,

sou a amargura que sua alma expulsa.

Hora ou outra, não sei o que há em mim

quiçá o que transborda

pro fim.

Ohana Lopes
Enviado por Ohana Lopes em 14/01/2013
Reeditado em 14/01/2013
Código do texto: T4084640
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