Tempo Inerte

Manhã de sábado...

A mesma preguiça que vislumbra a possibilidade de adiantar tudo

E a vontade de não fazer nada!

Estou deitado, semiacordado,

achando que tenho tempo demais.

Pudera o dia ser eterno

ou esse momento se prolongar,

mas apenas preservo o meu desgaste.

Logo mais irei canalizar o stress para a ponta dos pés

e decretar prontidão para a próxima semana.

Nesse revés, nesse movimento pendular, sigo

acreditando que tudo vale a pena

e se esforçando para engrandecer a alma.

Onde será que o pêndulo se quebra?

Quando o fim do caminho oferecerá picareta?

Quando a destruição tornar-se-á extra-ordem do dia?

Se renderá a ideologia, assim como a norma culta da língua?

E a urgência do tempo do mundo vencerá?

Por enquanto é só uma manhã de sábado

E a torcida pela eternidade do tempo inerte.