A POLTRONA DE MEU ENSEJO
Sento na poltrona do meu ensejo.
Apenas a poltrona conversa comigo
- ela tem olhos e dentes.
Sento, e durmo na demência
do desconhecimento.
Sonho, e tento, ao máximo, acordar objeto.
Vivo com a garganta de um berço,
e com as horas de um céu sem fim.