Não te reconheço mais...

Menina estais perdida? Quero te encontrar, me pergunto onde estás? Cadê aquela besta alegre de sorriso refrescante? A cuja infantilidade abrupta estonteia corações, aonde foi parar a tua coragem?

Jamais pensei que ficarias assim calada, não que tu não o fosses antes, mas agora teus olhos antes vívidos perdem lentamente o brilho a cada dia.

Será assim que o coração vai morrendo e a doçura se esvai, ah não te reconheço mais!

Menina teu passado te condena, tua mente te ordena, mas teu coração te delata... E pensas que a vida é nada, entre a cruz e a espada, lágrimas cansadas.

Menina, olha bem no espelho cadê tua feição de antes? Deu lugar a um vazio condenado, ódio esperado enegrecendo, ah não a reconheço mais!

Há tempos que venho olhando, teu corpo afundando, em meio á um limbo escroto, tu nem te meches, doou-se por inteira, verdadeira vergonha alheia, menina; não a reconheço mais!

E a roda da vida gira e gira, minha querida. Dê-me tua mão deixa-me ajudá-la, quero ver-te como outrora fostes, mostra-me a tua valentia mulher! Sim, mulher!

Ergue tua fronte e mostra-me do que és capaz, antes a boba alegre do que uma casca vegetante. Pode não ter chegado tua hora, mas a hora que esperas é diferente da hora que será.

Esperes e verás!

Fernanda Koziel
Enviado por Fernanda Koziel em 06/01/2012
Código do texto: T3425715
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