Desmandos dos meus não-quereres
Quero o não.
Acena o sim.
Quero a carne.
Manda o coração.
Tudo meço.
No inquieto, tropeço.
Quero o certo.
Revira o avesso.
Tento a força,
à força.
Esmoreço.
Peço o exato.
Vem a alma,
com toda calma,
troca o pedido,
muda o prato.
Por perto,
só o incerto.
Gosto do branco, limpo.
Visão embaça, turva.
Pelo caminho,
meu passo, onde passa?
À frente, alguma curva.
De mim, escuto o aviso,
Relutar, nem preciso.
Posso planejar, desejar,
programar, desenhar.
Ao final,
todo meu querer,
aos desmandos dos meus não-quereres,
sempre vai ceder.
Quero o não.
Acena o sim.
Quero a carne.
Manda o coração.
Tudo meço.
No inquieto, tropeço.
Quero o certo.
Revira o avesso.
Tento a força,
à força.
Esmoreço.
Peço o exato.
Vem a alma,
com toda calma,
troca o pedido,
muda o prato.
Por perto,
só o incerto.
Gosto do branco, limpo.
Visão embaça, turva.
Pelo caminho,
meu passo, onde passa?
À frente, alguma curva.
De mim, escuto o aviso,
Relutar, nem preciso.
Posso planejar, desejar,
programar, desenhar.
Ao final,
todo meu querer,
aos desmandos dos meus não-quereres,
sempre vai ceder.