"POR ENTRE OS DEDOS "
Ao pé do salgueiro invento palavras
que possam curar minha saudade.
O frio do vento e a névoa no cair da tarde
lembram nosso drama, uma dor
que não se explica, persistente, mas
que se esvanece com o passar do tempo.
Apego-me às lembranças como se, aos poucos,
o que sobrou me escorresse como água
por entre os dedos.