"POR ENTRE OS DEDOS "

Ao pé do salgueiro invento palavras

que possam curar minha saudade.

O frio do vento e a névoa no cair da tarde

lembram nosso drama, uma dor

que não se explica, persistente, mas

que se esvanece com o passar do tempo.

Apego-me às lembranças como se, aos poucos,

o que sobrou me escorresse como água

por entre os dedos.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 29/07/2011
Reeditado em 29/07/2011
Código do texto: T3126190