PARA E PELO POVO

Levarei minha voz aos quatro ventos,

serei a palavra dos que não a têm,

o orgulho de representar os sem alento:

não deixarei de parte ninguém.

Contra fortes ventanias e calamidades,

o travo do patrão, que nega o melhor,

contra todas as infames falsidades,

que faz com que o mundo seja pior,

Minha voz levantarei contra tudo,

que se oponha à liberdade vigente.

Nas ruas, nas estradas, pelo mundo,

serei das pessoas, a sua leal gente.

Contra o focinho da palavra, de encontro

o que nos é mais querido e almejado,

prestável serei e hei-de estar pronto,

como tudo aquilo que por nós é desejado.

Contra arrivistas e falsos moralistas,

meu punho erguerei, bramindo no ar.

Serei as mãos que não calam dos activistas,

arriscando suas vidas a se ultrapassar.

Por cunho pessoal serei a liberdade

dos sem terra, que não têm nada.

Serei partindo de mim a celeridade,

contra a fome, que morre esfomeada.

A favor dos pobres, dos velhos e das crianças;

das jovens mães que deram à luz;

os filhos que são as nossas esperanças,

serei tudo o que no mundo reluz.

E quando o tirano fugir para o estrangeiro,

julgando-se a salvo de suas inquietações,

darei então caça ao vil flibusteiro,

com a força e a vontade de muitos corações.

Jorge Humberto

24/05/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/05/2011
Código do texto: T2989976
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