Hipótese
Pseudo-afirmação que se compromete,
Busca uma legtimidade do devir,
Constrói-se por imaginários-intérpretes,
Fantasia de um possível aludir.
Se faz de “a priori” imediato,
Se justifica por um “a posteriori” prematuro,
Ilude-se em motivos imbricados,
Remetendo-se a um problema em desuso.
Diminuída perante o imperativo afirmativo,
Se faz de humilde para adentrar um saber hermético,
Tomando forma esotérica feito acaso, como paliativo,
Mesmo negada, alega o sentido da contrariedade em seu escopo cético.
Falsária legitimada pelas rupturas devoradoras,
Musa de outro “hipo”, (hipó)crita convicta,
Salteadora por entre sistematizações também impostoras,
Demiúrgica em sua genealogia depravadamente fingida.
Suor que brota daquele que busca o estado sudorífico,
Enclausurado em alguma alcova escaldante,
Pronto a diluir-se de forma fragmentada, êxtase físico,
Contemplando as gotículas pululando em seu corpo infame.
Uma gota destaca, aquela que escorre pelo dorso,
Causando cócegas desconfortantes ao umidamente suado,
Deixando duas opções ao incomodado por tão pouco,
Dois possíveis a um encerrado dicotômico-letrado.
Parte em busca do pingo atrevido, seguindo o trajeto,
Caminhando sobre os passos aquosos deixados de forma sinuosa,
Até o momento derradeiro, onde transformará a gota em dejeto,
Desdobrando-se do objeto referencial sem pudor, de forma acintosa.
Ou poderá provar o puro inatismo, conformando-se com a coceira,
Operando no campo das sensações epidérmicas,
Permitindo ao incoveniente orvalho desprendido uma seca matreira,
Esvaindo-se aos poucos sob a tutela de um heliocentrismo copérnico.