637 _ ENTÃO É NATAL...

Que hipocrisia,

Que a criou se um dia.

Onde criança é meta da ironia,

De se viver feliz só um dia.

Onde tudo quer oferecer.

No dia seguinte, sente-se o tremer,

De quase nada ter o que comer.

O cotidiano em volta pode se crer.

Então é natal.

Festa e explosões.

Muito pouco carinho.

Se pensar poucas emoções.

Matam-se tantas ilusões.

Entes que a elas devíamos mais acionar.

O desespero da desunião quer assim findar.

Por um falso aperto de mão! Decepções!!