Ela, eu e a janela.
Ela lá fora, eu aqui, acoada.
Entre nós duas, a janela.
Lua, Lua,
eu aqui, sem pensar em relógio,
aqui, sonolenta e insone,
tão dúbia, confusa.
Cheia, sim, mas de vácuos.
E você aí, exposta, num viço, numa exuberância que ninguém te toma.
Lotada, maciça, condensada,
compacta,
cheia, sim, mas plena de si mesma.
Lua, Lua,
Entre nós duas, a janela.
Lua, Lua,
como você É BELA!!!