MEU PERDÃO NÃO TEM DESCULPA

Quem não diz, de seus sentimentos,

é asa que voa e cai no mar.

Naturalmente, que as pessoas, não podem

adivinhar, o que sentimos, ou o que temos para

dizer, se não dissermos, o que nos atormenta,

levando em conta, de que, do outro lado, há

uma obrigação, em nos entender, por meias palavras.

É então, que nasce, nosso ser, já meio perdido.

E, não há pior, comportamento, do que exigir, dos

outros, um qualquer sentimento, de culpa,

quando sentimos fugir, por entre nossas mãos,

a corda, à qual, nos agarramos, enquanto a morte,

nos espera, sempre pelo lado mais fraco:

a sensibilidade, que nos vive, à flor da pele.

Entendo, que, cada um, se expresse, da melhor

maneira que sabe, para que dessa forma, se faça

entender. Mas, como o vento, assim a brisa, que, a

nosso rosto, ousou tocar, e, subitamente, partir,

deixando-nos, de lágrimas nos olhos, e, na

garganta, a palavra: sem ter, porque dizer.

No entanto, na maior parte, das vezes, basta um

marulhar de ondas, sentir a água do mar, nossos

pés descalços, mar a dentro, e, alguém correndo,

chamando pelo nosso nome, braços abertos,

num encontro, peito com peito, coração com coração,

e, uma só palavra, «amo-te», sussurrada, ao ouvido.

Jorge Humberto

16/06/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/06/2009
Código do texto: T1653454
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