Quando as palavras se perdem

Nada deverá mudar o verdadeiro sentido de uma vida,

No silêncio, até as nossas poucas palavras se perdem,

Todos se encontram como uma pequena ilha perdida,

De tudo o que deve ser dito as palavras se esquecem...

As palavras se perdem e à nossa volta tudo se clareia,

Tudo se torna inexpressivo, incompreendido e sem sentido,

Aos poucos sentimos que o sangue esvai de nossa veia,

Tudo permanece, mas o que é mau deve ser esquecido...

Não, as palavras não se perdem, elas apenas se calam,

Elas ficam a sós, procuram dentro de si sua estrela-guia,

Calam-se, guardando somente para si o perfume que exalam,

Apenas nos dizem: o silêncio sempre algo nos irradia...

As palavras não se perdem, nós que as perdemos,

Elas esperam ser ditas, aguardam o momento certo,

E em muitos momentos, delas nós nos esquecemos,

Tudo está tão longe, enquanto parece tudo perto...

Não, as palavras não se perdem, elas não se calam,

Elas não ferem, não machucam e nem sofrem...

São as pessoas que as deixam, elas não falam,

E todos dão desculpas de que as palavras se perdem...

Quando as palavras se perdem, nós nos perdemos,

Quanto a tudo isso, nós deveríamos ser realistas,

Ao acontecer isso, nós apenas nos esquecemos

De que existem palavras e elas esperam ser ditas...

Tatiana Monteiro
Enviado por Tatiana Monteiro em 02/03/2009
Código do texto: T1464767
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