A pressa do mundo
Levei muito tempo sem o perceber e, de repente
Vi que a pressa do mundo não fazia parte de mim
Ele corria, mas eu não corro
Nem mesmo quero acompanha-lo
O mundo, cada um que vai com ele, tudo mais
Pode passar por mim correndo
Contudo, não mais os acompanharei
Apenas, seguindo minha disposição e vontade
Vou deixar-me andar ao sabor da brisa
Que não se percebe na corrida
Ao sabor das cores que não se vê na pressa,
Das pequeninas coisas que nos tiram da rotina...
Irei em busca apenas dos meus próprios passos
Sem pressa, sem ânsia, sem correria
Sem destino traçado à risca
Anda que objeto de todo cuidado
E farei do tempo minha própria direção,
Sem preocupar-me mais do que devo
Sem carregar as dores do tempo
E sem consumir-me nos devaneios da negatividade
Vou traçando meus passos, um a cada vez
Construindo meu passado, minha passagem
Enquanto os caminhos despontam quando percorridos