E JÁ QUE É NATAL

Triste se torna, comemorar-se algo, com

tanta euforia, e, esta, não ficar

gravada, na memória das pessoas, para

o que falta, de todo um ano inteiro,

onde necessidades e carinho, se mantém.

Quem precisa de pedaços, são os

coitados, e, que eu saiba, nenhuma

pessoa é coitada, sinónimo de indiferença,

a quem julga, bastar-lhe um dia,

para expiar a vil omissão, de um ano.

Natal não é nem nunca foi, o que se

tem, por tradição. Natal é mimo natural,

levado pelo dia-a-dia, das pessoas, em

cada gesto seu, ante conversas, de amigos,

com o melhor de cada um, a sobressair.

O outro natal é apenas exploração,

extravagância e vã tentativa, de um estranho

perdão, perante as ofensas cometidas,

no mal ajuizar dos outros, ao longo do ano,

na crença, que, o esbanjamento, tudo resolve.

Mais… acho até uma ofensa, criar-se a noite

dos pobres, nesta época, para que, depois,

das festividades pagãs, apenas alguns altruístas,

tentem compensar, essas pessoas (de volta

ao olvido), levando-lhes comida, roupa e amor.

Pára o tempo, por uns raros dias! felizes sejam,

em sua inocência, as crianças, os doentes e

incapacitados, momentaneamente, acometidos

num hospital qualquer. Que essa simples

palavra, lhes incuta esperança e uma nova vida.

O resto… o resto, meus amigos, é e será nada!

Jorge Humberto

25/12/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 26/12/2008
Código do texto: T1353653
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