*Vivendo de ócio*

Vivendo do ócio.

O que de mim eu sei? Sei um pouco incerto, que certamente nem sei se sou ou se serei. Digo isso porque não sei se o que eu imagino ser é condizente com o que sou e nem sei se quero ter a resposta agora.

O que eu quero? Não sei! Certezas da Silva nunca bateram a minha porta e se bateram eu não dei a devida atenção. Posso tê-las encontrado dentro de um ônibus voltando pra casa e distraída com a paisagem não enxerguei. Paisagens essas que são as mesmas de um ano atrás e se minha memória não falhou nesse instante são iguais as que vi a dez anos atrás, quando ia para o centro com minha mãe, onde meu avô morava.

Sempre vivi de ócio. De ócio inútil em algumas das estações pelas quais passei e nunca me importei, eu até acho interessante. Eu quase nunca lembro as coisas que eu gosto e das que detesto são como se nunca tivessem existido. Sei lá ou lá sei onde estou indo, Caminhando pra linha do trem ou pro precipício. Não gosto de romantizar a feiúra da minha alma, eu até acho ela bonita, porque ela é o que é. Com muitos contrastes, flashes de luz pros que tem a sorte de quebrar o bloqueio que imponho para tentar ser feliz ou para continuar sendo isso aqui... Agridoce.

Diana Sad
Enviado por Diana Sad em 18/09/2008
Código do texto: T1183792
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