Brincando de poetar
Esse poeta divino
Esse poeta ladrão
Molda-se qualquer imagem
Rouba as vestes da Ilusão
Coroa-se de palavras
Reclama delas atenção
Desposa contente seus sonhos
Reina único em sua imensidão
Nessa mudança de si
Nunca deixando-se pelo chão
Torna simulacros e fantasias
Tudo que lhe cai nas mãos
Quando me perco de mim
Eu brinco de ser fantasia
Pinto-me de sonhar
Visto-me de Poesia
Segredo ao vento meu versejar
Planto nos corações harmonias
Brinco com as pétalas das flores
De um jardim sem fim
Feito da minha fantasia