UM CANTO QUALQUER

Canta o conto do encanto que eu conto quantos cantos tem nesse canto de mundo.

Colhe a cólera do colo do homem que não cantou e não foi a canto nenhum.

Encanta o mundo e vira do avesso os cantos e os contos que cantei e não contei.

Cega o olho que viu mais do que entendeu, compreendeu ou soube.

Conta então e descreve para olho ver e coração saber, não deixa a cólera.

Quem viu ou não, canta agora, os cantos e o mundo, conta novamente, eu ainda canto.