REMANSO DA CHUVA

A chuva cai mansamente em gotículas

Como teares de cristal; descendo ladeiras,

Ultrapassa falésias e vai..., discorrendo

Paciente seu encanto e seu frescor.

Mesmo fraca e vagamente, cumpre sua jornada

Em silêncio, postergando as amarguras

E o nefasto amargor de tão vastas angusturas.

Alegrando a solidão, seu labor contagiante

Enternece corações, deixando saudosos aspectos

Nas multidões divagantes.

Consumado o seu percurso de aquiescentes retrospectos,

Espraia suas vertentes em langor e mansidão

E no fundo da terra se esvai, para renascer em

Plenitude insurgindo seu condão, revestida de vapor

A formar no céu azul, lindas nuvens de algodão.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 21/03/2025
Código do texto: T8290624
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.