ERA UMA VEZ UM PARQUE EÓLICO OFFSHORE NO ICARAÍ- CAUCAIA
Audiências Públicas foram realizadas para apresentar e debater o tal “Complexo Eólico de Caucaia”, no Ceará.
Reuniram pessoas ditas cidadãs e cidadãos comuns e também autoridades, gestores, especialistas, parlamentares, representantes de instituições municipais, estadual e federal.
Vendiam a “estória” como se fora história de que seria o primeiro empreendimento da modalidade, no Brasil e América Latina.
Entre as premissas destacadas como objetivo central era produzir energia limpa e gerar empregos.
Por isso, afirmavam se tratar de um projeto estratégico de grande relevância para o Estado do Ceará.
Há três anos, no dia 11/03/2020 este poeta compareceu numa audiência pública promovida pela IBAMA e ouviu que o referido evento era o Espaço de debate para que os atores sociais e a população em geral pudessem tirar suas dúvidas, oferecer sugestões e críticas ao projeto.
A audiência era parte do processo de licenciamento ambiental e posterior licença de operação, após cumpridas todas as exigências legais.
Os promotores do evento apresentaram o projeto como se fora uma realidade quase palpável para uma população reunida ávida por soluções, em vista da grave situação ambiental decorrente do avanço do mar, na região do Icaraí, Iparana, Pacheco, Tabuba e Cumbuco, no Município de Caucaia.
Quanta falta de respeito e pouco caso para com o sentimento de uma população.
O poeta ousou sonhar e acreditar que algo de novo viesse resultar daquele encontro tão sério, tão técnico, tão político, tão articulado. Por isso mesmo, o poeta assim escreveu, conforme segue:
Um olhar sobre o que vi
Eu participei da audiência
Eu analisei e fiz meu juízo
O projeto sugere potência?
O Icaraí se tornará um paraíso?
Há impactos positivos e negativos
Não existe intervenção sem impacto
Mas é preciso ver dados objetivos
A intolerância produz outros impactos
Não há maiores impactos que os atuais
Foram anos e mais anos de descaso
O projeto trará ganhos ambientais e sociais
O licenciamento contém todo um estudo de caso
Não basta ser do contra só por ser
Desenvolvimento humano é o que se quer
Há um consenso sobre o que se venha a ter
O resgate da nossa praia há que haver
Desenvolvimento econômico subordinado ao ambiente
A contenção do avanço do mar
Projetos sociais no território da gente
Dê licença: queremos participar!
Em tempo: depois da audiência pública, nunca mais ninguém falou sobre o projeto. Nunca mais as tais autoridades voltaram a tratar sobre o assunto.
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