NATUREZA MORTA

Na quietude mórbida da cidade grande,

Vislumbro uma sensação estranha

De um céu esgotado por névoas difusas,

E um nevoeiro úmido permeia

Os contornos do dia pálido,

Fatigado de si mesmo.

Muitas janelas fechadas

Remetem a olhares cansados e sonolentos,

Como a prenunciar a velhice e seu corolário

Inevitável de cansaço e solidão.

Tudo se faz cinéreo e triste!

Nem mesmo o balançar

Das árvores frondosas

Trazem perfis de harmonia.

E os passarinhos tristonhos

Alçam vôos em bandos,

À busca do aconchego de

Seus frouxéis de ninhos.

Os meus olhos procuram clarear

As esquinas escuras,

Enquanto a mente vagueia

Buscando esculpir com poesia

Universal, os fragmentos sublimes

Do encantamento dial.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 19/02/2022
Reeditado em 19/02/2022
Código do texto: T7455736
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