O PRANTO DE UM ASTRO
Nasce de um ventre sublime e incognocível
Em meio a incandescentes raios que brilham
Sob os tentáculos das mais altas magnitudes
Majestosa criação no infinito insurge como pêndulo
No vai e vem do espaço sideral
E contemplo a sua criação que orna os sete céus.
Gerador de mistérios há anos luz
Vê chegar também a sua finitude
Além do azul e do ofuscante véu.
A vida se definha e a fulgência se esvai
Morrendo e chorando derrama cálidas lavas
Das dores lancinantes por sua vida findando.
No fim do ciclo risca o glamour do céu
E assim se perde na amplidão
Num arrastar infindo de mistérios ao léu.