O ARCO-IRIS

O ARCO-IRIS

Descortina-se o arco-íris!

Dissipam-se as ágmas.

No esplendor dos matizes,

Murcham-se as lágrimas.

Arco celeste, arco da aliança!

É também arco da chuva...

Reluzente esperança

Das alcovas da turba.

Emanando suas cores

Em cenários diversivos,

Reacendem-se os fulgores

Há tanto, empedernidos.

Abrem-se os sorrisos!

Esvoaça-se a passarada...

Aguçando-se os viços

Da cidade engalanada.

A paz assim tão presente

Na calmaria do dia,

Devolve a lira plangente

À inflexão que enuncia.

Quando nesses momentos

O mundo sorri feliz,

Unem-se os pensamentos

Do modo que eu sempre quis.

Nesse dia ganho um sonho...

Esqueço a sorte perdida.

Não há suspiro enfadonho.

Respiro a paz mais querida.

As borboletas ao vento

Ganham cores de opalas,

Enquanto nesse acalento

Nas gólgotas a dor se cala.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 21/08/2021
Código do texto: T7325341
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