FASCÍNIO

Na quietude da casa, além das cortinas inquietas,

O pequeno quintal liberto acolhe o meu coração,

Enquanto a mente divaga formatando poesia

Com pedaços de verdade!

O vento guia os meus sonhos e como é doce sonhar

quando a pura poesia suaviza as breves horas

no fluir de belos dias!

Vejo agora ao meu redor o meu sonho colorir

com a chegada festiva de um gentil colibri,

em silenciosa acrobacia junto às suspensas flores

do alpendre de balizas.

De repente o colibri, num momento de magia,

paira no ar junto à flor, beijando-a ternamente!

Sem recusar as carícias retribui-lhe a flor bela,

desfrutando o colibri do seu beijo e do seu néctar.

Um vento frio, no entanto, vagamente rouba o encanto

levando o pequeno pássaro a outros céus,

deixando a florzinha triste, timidamente ao léu.

Deixo também o acalanto da varanda entre matizes,

e meu pensamento devolve a realidade esquecida.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 17/05/2021
Reeditado em 07/09/2021
Código do texto: T7257448
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