CERRADO DA CHAPADA

CERRADO DA CHAPADA

Andando pela chapada,
Correndo por um lajedo,
Deparo com uma aguada,
E pergunto por meu medo.

Me escondo na invernada,
Quando o dia dorme cedo,
E à noite é uma flechada,
Como o voo do morcego.

Entre as grutas e encostas,
Correm águas que encharcam,
Com perguntas e respostas,
Que resguardam um segredo.

Mas eu não me desespero,
Frente ao medo que declamo,
Na esperança que venero,
Se é o cerrado que eu amo.

Então peço que preservem,
Meu cerrado da Chapada,
Onde eu troco a minha pele,
E onde a vida nos aguarda.

Só assim revejo o encanto,
De mil Anas na Bahia,
Que nos guardam o remanso,
E nos farta de alegria.

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