MANHÃS INDOLENTES
MANHÃS INDOLENTES
Ah! Essas manhãs sonolentas!
que nos convidam ao exercício da inércia.
Estão a conspirar com lençóis e travesseiros
para inserir lentes desidiosas
debaixo das pálpebras desavisadas.
Se anunciam no frescor das brisas,
na tepidez dos raios,
aliam-se a mandranas chuvas
para nos fazerem refletir
sobre o sentido das urgências.
Se orquestram
em cantos maviosos de pássaros.
E se no leito contiver
a companhia malemolente de um amor,
quem somos nós,
para questionarmos a sabedoria destas manhãs?
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
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