MADRUGADA

Na névoa crepitante da noite

Rebuscada pelos raios da lua,

Penetrando nos seios das matas

E retirando o escuro

Das frias paisagens,

A madrugada misteriosa e quieta

Desponta mais uma vez,

Na incessante caminhada

Para mais um dia

Que em pouco surgirá.

Ao longe, um galo que canta

Jamais cantará sozinho

Terá sempre outros galos,

Companheiros fiéis

Para anunciar a madrugada

Na sua tarefa infinita

Que recebeu da vida

Ecoando o seu canto

Nas cercanias da noite

Que brevemente morrerá.

09/12/1991

Manoel de Paula
Enviado por Manoel de Paula em 10/08/2020
Código do texto: T7031400
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