Eu, homem

Fiz planos
para ter asas infinitas
para voos plenos
Quis uma terra de fantasia
paisagens bonitas
de sonhos serenos

Fui audacioso demais
querendo somente paz
rasgando planilhas de guerra
Desenhei mundos encantados
aonde os hinos eram fados
e o ar com gosto de serra

Fiz tentativas
para que pudessem entender
que toda coisa viva
somente também quer viver

Fiz dedicatória
a mãe natureza
a beleza que a tudo imprime
Contei histórias
de pirilampos
que eram mais do que tantos
mas que hoje são
vítimas de crime
do meu lado vão
que jura ser santo

Contei aventuras incertas
de loucuras de bicicletas
pedalando o céu
Escrevi sinais de fumaça
jardins em mil praças
tentei esquecer
do meu lado cruel


19-03-2020
23h39min
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 20/03/2020
Código do texto: T6892021
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