A CASA DO JOÃO-DE-BARRO
 
 
     No alto de uma grande goiabeira,
     cantava aquele alegre passarinho;
     queria dar uma casa à companheira,
     resolveu construí-la já com o ninho.
 
     E rápido o operário autodidata
     voou até a base de um moinho,
     localizado próximo a uma cascata
     e preparou o barro com carinho.
 
     Levou no bico aquela argamassa
     e começou num galho a sua obra;
     quando seca vira concreto a massa,
     e tudo é calculado e nada sobra.
 
     De quinze a vinte dias logo acaba
     a construção dos sonhos do arquiteto
     e aquela estrutura não desaba,
     é firme igual rochedo o seu projeto.
 
     João vai morar feliz com a bem-amada
     no lindo Taj Mahal brasileiro,
     ali esperará a filharada,
     pois ele é um bom pássaro caseiro.


  Obrigado, ilustre poeta Jota Garcia, pela bela interação:

 Ouviu dos três porquinhos a estória,
 Depois saiu voando de fininho,
 Já planejando construir seu ninho,
 Guardou todos detalhes na memória.

 Pensando em segurança o seu João,
 Resolveu fazer tudo diferente.
 Entre os seus foi o mais inteligente,
 Quando usou o barro na construção.

 A todos deu lições de engenharia,
 De segurança e de resistência,
 Pois o ninho a tudo resistia.

 Nem o homem com sua prepotência,
 Nem estudos de toda a ciência,
 Conseguem deste caso explicação.
     
                                      
Obrigado, meu nobre amigo Mestre Jacó,
pela muito interessante e bela interação:


João de barro moldando
Um palácio pra amada,
Constrói cantarolando,
E ela ajuda encantada...


Mestre Márcio, meu caro amigo, sua interação ficou uma beleza, fico-lhe imensamente grato:

João de Barro engenheiro
É também mestre de obra
E o próprio se faz pedreiro
Pela família se desdobra.


Obrigado, ilustre poetisa Uma Mulher Um Poema, pela linda interação:


João-de-Barro constrói sua casa,
Com muito amor e carinho,
No ápice da ramada,
Ninguém diz que é passarinho...


 
Obrigado Arquiteta Joselita,
que aprovou o projeto do João,
Joana feliz não cantará aflita,
irá morar ali com o amorzão:

João-de-barro é um sábio arquiteto
Nem precisa que aprovem seu projeto
constrói com solidez o seu lindo ninho
E feliz, porque ali não vai morar sozinho.


Outra preciosa interação, um soneto excelente, feito pelo meu amigo, ilustre poeta Hélio J Silva:

JOÃO-DE-BARRO
João de barro é para sua amada
O bom forneiro da mãe-natureza
Levanta sua clássica morada
Com empenho, detalhe e sutileza.

Grande conhecedor de muitos ângulos
Sua casa não entra vento ou chuva
Faz tudo calmamente em equiângulos
Simbiose perfeita, mão e luva.

Na árvore o que se mostra interminável!
Ganha formas! Argila, bico e galho,
Serviço detalhista de encantar.

Faz diversas viagens, incansável
Sabedor do sutil e árduo trabalho
Com calma constrói o seu lindo lar.


Obrigado, ilustre poeta Alberto Valença, pela belíssima interação:

*João-de-barro com amor
Constrói casa pra morar
Sua cria há de vingar
Num setembro em flor.




Orpheu Leal
Enviado por Orpheu Leal em 03/02/2019
Reeditado em 24/02/2019
Código do texto: T6566384
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