A MEIA NOITE

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Das horas tardias sobre os indícios da chegada da madrugada,

Batem os sinos das escuridões nos campanários dos acasos,

Animais que brincam alegres as liberdades adestradas,

Varandas decoradas as paredes com plantas com flores nos vasos.

Das ruas encontradas por achar aquilo que um dia foi perder,

Das festas, frestas dos balões as explosões dos fogos,

Alusões referenciadas das óticas frontais perfeitas pra se ver,

Serestas, bailes, embalos, baladas e batidas a monólogos.

Multidões das ruas pelas apostas disputadas pelos jogos,

Destinos intensos ou acrobatas das horas marcadas,

Fazendo algo rápido a uso, abuso e desuso pra logo,

As andanças pelas festanças dos endereços encontrados as estradas.

Do início de um amanhã comum por qualquer acaso,

Desejos dos encontros pela hora exata desse chegar,

Ponteiros dos relógios adiantados para não haver nenhum atraso,

Chegando com a ansiedade pra um ao outro seco a abraçar.

Palavras dos diálogos soltos a tão obstantes,

Conversas nos bares dos assuntos a algo enrijecer,

Casualidades inspiração de uma reflexão constante,

Das altas horas inebriantes a uma chama que está a reacender.

A meia noite ou a qualquer hora a hora

Pelos caminhos desbravados pelas foices a transparecer,

Entradas pelas mais moderna vanguarda a tora,

As fadas enfadadas das imaginações que fazem ter algum poder.

Andando as horas perambulantes do que está por acontecer,

Gargalhadas escaldantes dos pulos com os belos sorrisos,

Passadas horas adiantadas por um dia que foi anoitecer,

Meadas opções dos descansos ou farras interagidas a um paraíso.

De um grande amor encontrado por quem a quer viver,

Orações fazem das noites oráculos das maiores alegrias,

Horas que passam as sortes a quem algo a quer ter,

A meia noite escurecida pelos casais abraçados por tantas as rodovias.

De uma noite a meia noite repentino a iniciar um novo dia pelo que possa acontecer.