DE UMA LUA A UM BELO LUAR

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Das claridades de uma rua sem luz iluminar,

Arranha-céus telespectadores assíduos provocando a escuridão,

Autos olhares as vias lácteas das estrelas procurando piscar,

Meteoros vagantes lançando velocidades a frente da constelação.

Praças arborizadas dos assuntos embalados a flertar,

Brinquedos divertidos pelos espaços alados e irradiantes,

Pulos as alturas dos pula-pulas intrépidos a saltar,

Do amor que chega de uma viagem que foi por bem distante.

Sonâmbulos sonhos compassados as diversificadas confrontações,

Dormir respirando novidades por uma manhã bem vinda,

Lembranças que trazem respaldos das passadas ilusões,

A uma goteira que de um vazamento um orvalho a pinga.

Cataclismos dos temporais com raios, relâmpagos e trovões intensos,

Madrugadas nubladas invernadas a um crepúsculo que flutua,

Horas que amanhecem perambulando pelas multidões a sensos,

Portas e janelas fechadas pelos abandonos por ninguém ficar numa rua.

Frequências adicionando silêncio longe dos reflexivos barulhos,

Obstinações fantasmas das sombras que do medo a tudo esvazia,

Sobras espumantes dos restos remendados por algumas borbulhas,

Por um longínquo silêncio que a obscuridade por um ruído a chia.

Das faixas ou placas luminosas espelhadas pelas concorridas rodovias,

Olhares capitando vultos das plantas com suas flores a relampejar,

Lumes das copulas das folhas verdeadas as várias diversas vias,

Daquilo que da noite buscamos pelas longitudes a enxergar.

De uma bela cantiga de um ser da noite a cantarolar,

Muitos buscam afagos apaixonados das afeições das gruas,

Distantes mensagens do amor próximo que está a chegar,

De um belo luar reproduzido a irradiação da luz extraída da lua.

Desta lua convidativa para os casais se conhecerem sedentos para namorar.