"O vento soprou uma leve canção"

O vento soprou uma leve canção, chiiiiiii... Mas somente os puros de alma tem a perceptiva capacidade de ver e ouvir o bailado sinfônico do vento. As folhas, de forma involuntária, (porém num sincronismo perfeito), dançavam ao embalo do som que ecoava fazendo chiiiiiii.

Pássaros bailando por entre as nuvens, salpicando um estalo de assobios diferentes confundindo a minha atenção, sem saber ao certo em qual deles me concentrar. Essa confusão em meio às duvidas me fizeram rir.

Rir de mim mesmo por poder estar ali contemplando a vida num dos maiores sentidos da existência, aonde a paz vinha em forma de sopragem de brisa e cantos de pequenos pássaros, como se estivessem (e sei que estavam) glorificando e agradecendo a Deus, por mais um existir de dia.

A natureza reconforta nossa alma, purifica nosso sentimento e embeleza os nossos mais inocentes olhares. Que bom que ainda existe em nós, um pouco de inocentes olhares, pelo menos, não damos espaço para que outras visões venham contaminar a nossa paz.