NUVENS CINZENTAS
NUVENS CINZENTAS
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Nuvens cinzentas que podem trazer inúmeras tormentas,
Descompassa as horas que passam vagarosa a lenta,
Desampara de frio as ilusões quando forte venta,
Derrubando árvores e fios dos postes quando a força arrebenta.
As horas desesperadoras dos vazios causados pelas tristezas,
Falta de carinho interpretado como peso de muitas despesas;
As solturas das pretensões que andam trancafiadas como presas,
Do alvo amoroso as circunstâncias de uma pretendente como presa.
Avisando pelo que pode vir a uma chuva ou garoa fria,
Dos deslizes pelos asfaltos molhados das perigosas rodovias,
Daqueles que passam para os passeios as significativas regalias,
Pulando, brincando ou brincando extravasando toda sua alegria.
De um amor perdido por um altar enfeitado e reerguido,
Melancolias entrepostas dos amores que estão perdidos,
Dos uivos contentes daqueles que lucram por um bom partido,
Do aparecimento daquilo que de longe estava sumido.
Nuvens cinzentas dos sonhos alertados dos cios,
Águas que descem no decorrer das correntezas dos rios,
De um amor surpresa as esperanças dos pretendentes desafios,
Parando as incertezas colocadas pra frente dos avisados desvios.
Pelos instantes divertidos das aconchegantes brincadeiras,
Lugarejos escuros das nuvens turvas pelas interessadas braçadeiras,
De quem pretende ir a um mercado, armazém ou feira,
Dos receios ressentidos pelas interposições das longas fileiras.
Pelas léguas que restam impulsivas a pelejar,
Por poder chover forte ou fraco vindo a tudo molhar,
Adiando marcações das lutas que buscam a algo realizar,
Temporais avisados pelos relâmpagos que podem vir a acarretar.
Das folhas das árvores que balançam e caem quando forte venta,
Assentos aliviando o cansaço quando sobre uma superfície se senta,
Do pouco tempo que dá pela velocidade que nunca passa dos quarenta...
Tudo poderá acontecer quando despontar no céu uma prometedora nuvem cinzenta.