A LUA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Um motivo a mais para os apaixonados casais namorar,

Casais sentados nas cadeiras ou nos patamares das varandas a flertar,

Balanço de um solavanco que vai para cá ou daqui para lá,

Arranjos das músicas coroando as harmonias que infestam o lugar.

Lua de quem chora uma lágrima comovente a lamentar,

Pelas angústias ou pelas alegrias dos consolos a lidar,

Ornamentações dos sonhos nas correntes elos a emendar,

Estradas esparramadas de sombras nas iluminações a descansar.

Noites das madrugadas das ilusões ou alusões a encarar,

Atrações dos bares embebedando as cidades a visitar;

Delírios das felicidades com as iluminações das eletricidades,

Refúgios daqueles que vivem a morrer das tantas saudades.

Rodoviárias e esquinas dos trânsitos as suas velocidades,

Viadutos moradias desesperadas as discrepantes voracidades,

Pontes com postes das lâmpadas as clareadas luminosidades,

Praças dos amores desejosos as suas serenatas as reciprocidades.

Laços a lacres dos presentes que a um sorriso algo personifica,

De uma carência pobre a uma esbanjada pessoa rica,

Talismã das gente para aquelas que por aí vão, ou mesmo fica,

Romances que entranham os perfumes as noites que por ai estica.

Das lembranças que dos silêncios a algo distante grita,

Arrabaldes as energias que a toda terra a lubrifica,

Dos beijos sedentos que a um grande amor faz a brita,

A uma suspensa joia irradiada a um pingente pepita.

Entidade enfeitando o céu nas noites das incontroláveis paixões,

Lua dos amores desabrochando as vontades das aproximações,

Na rua a sua luz endereçada pelos encontros das condecorações,

Redonda e nua as cantadas que levam os saudosismos as confraternizações.

A lua vizinhadas das estrelas via lácteas e constelações,

Lua dos enamorados apaixonados por romances das quimeras paixões.