UM BRADO PELA MÃE TERRA

De tudo que fui hoje sou apenas cinza e pó

Queimaram tudo o que em mim havia de belo

As copas verdes; as floragens; o ipê amarelo

Agora voa triste a cotovia perdida e só...

Nos afluentes doces despejaram seu veneno

Corromperam as águas dos mares profundos

Trouxeram suas maldades de mundos oriundos

Das suas crendices e espíritos pequenos!

Não se atentaram para os céus azuis de anil

Enfestaram-no de fuligem das queimadas

Profanaram as plantações nas esplanadas

Maldade cruel e avaro como jamais se viu!

Os homens com sua ganância e sede de poder

Maculou a terra com o sangue dos animais

Desonrou a memória dos nativos ancestrais

Hoje só há o negror e as cinzas para ver...

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Para que estes versos não se tornem realidade

Vamos conservar ainda o pouco que nos resta

Proteger os bichos nas matas, a alma da floresta

Bradem homens de bem contra as bestas da maldade!

E o uirapuru poderá cantar nas matas pelos tempos

Encantando nossos netos com sua doce melodia

Nos inspirando o amor à natureza e à poesia

Salvem a mãe terra_ Brademos aos quatro ventos!

Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 08/09/2018
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