POR UM SABIÁ
POR UM SABIÁ
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Sabiá vejo em um galho de árvore você cantar,
Suas cantigas lá rá lá, lá rá lá, lá rá lá...
Por uma cantaria exímia que só você sabe cantar.
A pular de arvoredo em arvoredo pestanejar.
A sua liberdade pelos espaços a voar,
Da sabiá da praia, sabiá do mato, sabiá laranjeira, sabiá poca,
Sonoridades das matizações questão a aflorar;
As melodias dos bosques que suplantas todas as belezas
A que vem feliz a deslumbrar.
As mudanças dos tempos de uma planta que de um lugar vai para outro lugar,
Plantas das épocas das flores com uma recente vida a se revezar,
As piracemas sobre as reproduções para se multiplicar,
Das evasões dos cantos dos pássaros a que tudo tenha a enfeitar.
Assovios dos ventos sons sublimes a encantar,
Nos vagos lugares das ocupações dos acasos a se esbarrar,
A cantarolar a uma peça de móvel a vime, ou jacarandá;
Belezas daquelas maiores das divertidas sabiás.
Audições reinando sobre o infinito a cada canto a cantar,
Sonorizações das flores as suas cores para elegância enfatizar;
As ondas que permeiam as marés com as ondas do mar;
No seu mais alto galardão por aí a se soltar.
Com o seu majestoso canto a iluminar,
As florestas verdes pelos frutos que estão para madurar,
Pelos cumes das folhas verdes das árvores de uma beleza a reinar,
Sobre um poleiro pulando contente se diverte o sabiá.
Lá rá lá, lá rá lá, lá rá lá, lá rá lá exclama saltitante o sabiá.