PÉ DE IMBAÚBA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Pé de imbaúba as salvas e palmas de uma celebridade a musa,

No dia claro sol ardente de calor horizontal as linhas turvas;

Por forte acesso do amor por cada retornável curva,

Nas belezas as dimensões daquilo que de escolha a usa.

Dá alegria e prazer pelo sabor de um cacho de uva,

Canções dos consertos e sinfonias as luvas;

Entardecer que a fresca hora tardia a acusa,

Os apegos aconchegantes as vestes coloridas de uma blusa.

Arvoredos das passaradas engrandecidas,

Pelas aves aviadoras as sementes espalhadas pela vida;

Servindo as paisagens no panorama do tempo,

As viagens pelos ares sobre as estações dos ventos.

As esferas por onde os tempos correm por eras,

Das imagens vivas as formas reais dos seres da terra,

As cores das flores por frutos as suas matizações,

Coloridas ao arco íris das divertidas colorações.

Por riquezas as gentilezas a seus donos,

Vistas as margens celestiais repartidas o inteiro em seus gomos;

Agasalhos para o frio nos realejos eternos,

Saudades contidas no silêncio oculto e interno.

Dos cachos dos cabelos pelos cocos de carnaúbas,

As peregrinações das incansáveis formigas saúvas;

Das alegrias ou tristezas das solitárias viúvas,

Das plantações que pegam as vidas das germinadas mudas.

A descansar a sombra as tranquilidades que encanta com as cores dos mares,

Pelos buques ornados nos corrimões dos altares;

Que sopram suspiros das ondas as modas desnudas,

Linhas turvas a culpa que a cumplicidade a alguém a acusa.

Da longa interatividade a demasia de alguém quede uma sessão a abusa;

Dúvidas a uma indecisão indefinida e confusa;

Montes as montanhas, vales e morros corcundas,

Dos pelos pelancudos de uma careta barbuda.

Deste pé de uma árvore, arvoredo pé de imbaúba.