À UMA CANTORIA

À UMA CANTORIA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Canta felizes os pássaros pelos galhos das árvores,

Originalidades reais dos polimentos das pedras das mármores;

Pantanais ou brejos das rãs, pererecas ou sapos,

Vagalumes que vagam sombreando sobre os matos.

Assovios que espantam os alucinados ratos,

Laiá laiá laiá ou um fiuuu fiuuu com aparatos;

Dos sons a exaltar os barulhos bem mais alto,

A pular as imensidões sobressaindo sobre os saltos.

Cantam os hinos ou louvores das igrejas,

Os frutos com as suas sortidas cerejas;

Meninos a andar cantando pelas ruas,

Jovens joviais por cozimentos ou por atitudes cruas.

Do bentevi sai um bentevi... bentevi...

De um sibiriri sai um sibiriri... sibiriri...

De Tizil sai de um tizil... tizil...

Do Waths app pi pi pi piuuu...

Ô ôôô ôôôô ôôôô pássaros em seu voo,

Dó, ré, mi, fá, só, lá, si, dó;

Orgasmos das canções a seus gozos,

Pelo esquecido que está sozinho a virar pó.

As melodias eruditas das orquestras,

Liturgias expostas nas mensagens das palestras,

Danças inebriadas pelas diversões das festas,

As violas e violões as serenatas das serestas.

Amores que se encontram as ocasiões da vida,

Nos encontros propositais das pessoas perdidas;

Pelas solidões dos abandonados becos,

Bebidas consoladas servidas pelos botecos.

Reflexões dos sons ressonantes as respostas dos ecos,

Escuridões esquecidas as alusões marcantes a trecos;

Brincadeiras das roupas vestidas as repetidões dos bonecos,

Batuques transformistas das transformações dos travecos.

Dos sons das elegias ligadas as lembranças,

Bonanças à espera das resoluções das lembranças;

Cabelos compridos a estética das tempestuosas tranças,

Do adulto a voltar a ser criança.

Harmoniosa melodia dos pássaros a cantar,

Ondas que batem varrendo as areias do mar,

As aves que sobrevoam sobre o céu,

As cortinas brancas alvas com de estampa do céu.

Cocoricó, cri cri cri, ré ré ré, miau miau miau

Bom dia seu chico, tui tui til til til, au au au...

Do creme de que se forma a fazer um mingau;

Cantorias dos tempos como que de uma imensidão de festivo quintal.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 23/06/2018
Código do texto: T6371775
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