Minha Terra
Que não me falte o cheiro do mato
Que a brisa do céu desça sobre mim
Que eu sinta o sabor dos dias que passo
Que a vida floresça feito jardim
Que na relva eu sempre me refaça
Que eu renasça e não veja o fim
Sorvo a vida, em meio aos matagais
Os meus pés, sentem o calor do chão
Derramo-me, em meus versos florais
Em meio às nascentes, do meu sertão
Os pássaros, são todos magistrais
Cantando juntos, a mesma canção.
Oh! Minha terra, meu chão verdeado
Frondes das árvores, flores e frutos
Meus líricos campos, enluarados
Bem perfumados, com ar impoluto
És o meu berço, meu solo sagrado.
Meu sonho encatado e meu reduto.
Versejo a vida, em campos florados
Num canto lírico, de celebração
Aspirando, ar puro e perfumado
O ar consagrado, do meu sertão
Canto de pássaros, são entoados,
Ante o meu olhar de contemplação.
Quedo-me, por entre vales e serras
Por entre as folhas, vejo o sol poente
Meu sangue, corre nas veias da terra,
Sou galho e raiz, em fragas silentes.
Disto-me, das balbúrdias e guerras
Deito, meu cerne em águas correntes.
Kainha Brito
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