Chora minha alma ao visitar seu habitat
Por entranhas agrestes, bate o meu coração
Eu sou filha da mata e saí a vagar
Adando a esmo, em meio a multidão

Ao canminhar sobre a relva, me encanto...
O cheiro de mato, deixa-me tão calma
A vontade é deitar-me, nesse verde manto,
Por onde chora de saudade, a minha alma.

Teu canto, passarinho, me eleva ao céu
Às águas claras, da mata me fascinam
Do néctar beija-flor, traga-me o mel
E alimenta mimha alma menina

Deus, me conceda a graça, de ainda viver
Entre as matas, das quais me arrancaram...
Os bichos fogem da mata é para não morrer,
Porque suas matas, os insanos queimaram

Quando tiraram-me do meu habitat natural,
Saí, chorando minha despedida...
Das matas, flores, manto divinal.
Onde deixei fragmentos de vida

Kainha Brito
Direitos Autorais Preservados