MADRUGADA
A cidade adormece em profusão de sonhos
Enquanto eu, entre penumbras, não consigo
Conciliar o sono que insiste em se ausentar
Da minha matéria transfigurada em nada.
Tudo se faz belo na madrugada que me fascina!
Fulgura no céu entre estrelas rútilas
A esperança que guardo no peito
De ver raiar um sol renovado, sem laivos taciturnos.
Um vento brando permeia o circunstancial...
E sinto a brisa mansa, embevecido por
Estranha felicidade, enquanto o pensamento voeja
Em férteis jardins orvalhados pela autora.
Ó cidade adormecida que em sonhos flutua
Pintando fantasias na amplidão dos luares,
Transcendendo ilusões no compasso da vida em flor
Em mistérios de histórias num presente de amor.