PÁSSARO JOÃO DE BARRO

PÁSSARO JOÃO DE BARRO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Voo rasante daquele que nunca foi como um esparro,

Suas asas aceleram com a velocidade livre dos amarrados,

Podendo se aproximar de um veículo móvel de rodas denominado como um carro.

Fazendo as suas casas colocando pelo seu interior um aconchegante ninho,

Com uma estreita porta isenta de janelas pra qualquer que seja o vizinho.

Por não gostar da solidão ele evita a ficar pelo resto de sua vida sozinho.

Do servil trabalho da sua determinada construção,

Da pequena porção de barro comensurável a sua colocação.

Na sua estupenda casa que estará sendo construída pro casal morar,

Isto pela escolha da sua companheira que servirá pra se casar.

Dando as costas para os lados das inesperadas temporadas

De onde vem as chuvas com aquelas estrondosas trovoadas.

Torrenciais com ventos fortes conhecidas como chuvaradas.

Quando casados aquele que servir como traidor,

É condenado a ser aprisionado e trancafiado na sua casa como culpado servidor.

Abandonado e trancado a morrer por sua infiel dor.

Nesta sua casa repleta de tabatinga e barro, e tabatinga ou barro,

Naquele local bem mais alto ao clímax de um estimável sarro.

Numa casa ao tipo cronologicamente antiga,

Pelos topos dos arvoredos ausentes vigas, a sua liga,

Com tantos labirintos pra proteger suas proles dos inimigos.

A cantarolando a beleza que se apresenta sobre qualquer artigo.

Da gosma que sai junto a qualquer coisa feito catarro,

A fazer a sua concretagem a moldar a sua moradia com o barro,

Lá bem no alto por onde não passa nenhum poluidor carro.

Do catalisador intermediário do seu canto conquistador a ilustrar a introdução chamativa daquele seu encantador pigarro.

Dos casais que iniciam o seu namoro com os seus sarros,

A sedução daquele que do outro se torna um bem sucedido esparro,

Da sua união daquela pra vida inteira com um convencional agarro.

Do mais alto voar como fumaça que sai de alguma chama pra aquele que fuma o seu habitual cigarro.

Com um voo magnânimo plaina o endêmico pássaro João de barro.

Pelos embrulhos vedados por um firme amarro...

Do brabo João de barro.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 09/08/2016
Código do texto: T5723049
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