Na infinita beleza do arrebol, retrata-se a arte de um criador maior. Ao redigir sua obra, ele a fez perfeita e tão bela. Tingindo-a com matizes de cores únicas e encantadoras. Ao nos colocarmos como seus espectadores, somos tomados por ternos sentimentos de brandura e eterno bem querer. Sob as luzes do arrebol, enternecidos, recordamos vidas além, vidas de um passado de séculos. E sábias reflexões nos atem, olhar fixo no horizonte, pensamentos alados, poetizando um céu de encanto e fulgor. Algo em nós silencia ao contemplarmos o entardecer, tamanha é expressividade da sua atuação. Suas réstias rubras, tocam o azul do mar e todo o conjunto da obra fala de beleza, saudade e mistérios às nossas almas, nos elevando a um expoente maior, onde nos sentimos reflexivos na eternidade do tempo. E o pássaro, do seu pouso, a obervar cheio de si, à majestade desse céu tingido de vinho e paixão, queda-se silente e se faz majestade atuante, inserida num palco fulgurante, enquanto assiste enlevado a mais um espetáculo de infinita beleza, em sua magnífica gradeza e eterna contemplação...

                                           Kainha Brito




 
Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 08/05/2016
Reeditado em 11/10/2021
Código do texto: T5628749
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