Em meus voos altaneiros vislumbro o meu céu de
Eternidade no infinito, da minha vontade de abarcar
O universo e fugir dessa balbúrdia maçante que
Atordoa minha mente e tolda os meus pensamentos
Ao silenciar-me e num mergulho profundo por entre
A amplitude do universo, sinto-me plena e aclarada
Amanheço límpida a planar por sobre as águas do
Meu mar. céus de infinita beleza meu encanto de luar
Nessa fuga repentina, voa alma menina pelo espaço a
Cantar. Entoa a musica do vento no pulsar do infinito
Aquece o meu espírito com as vestes lunares, miríades
De anjos, circundem minha áurea, forjem em mim um
Novo renascer, imune às investidas do acaso ou destino
Que se faça no ar o meu ninho e que eu possa nele
Arvorecer... Minha alma pujante celebra, adejando rumo
Ao zênite de mim e eu vou de e encontro aos meus desejos
Lançados ao cume dos montes entardecidos, para
Realizar-se nos braços das minhas noites enluaradas de
Segredos confessados, aos ouvidos dos arcanos habitantes
Das esferas celestes... Plena, sou nos braços do universo

                                    Kainha Brito