BORBOLETAS
Por sobre um campo florido
Vendo borboletas a voar
Fico até comovido
Admirando o seu bailar.
Das suas cores a beleza
E das suas asas a simetria
Obra-prima da natureza
Desenhada com tanta maestria.
E o seu voo, errante e incerto,
Traçando alegorias no ar
Deixa a sensação de liberto
E que nada poderá mudar.
Mas a borboleta errante
Deposita seus ovos na flor
Para que depois de instantes
Comece o ciclo reprodutor.
Primeiro nasce a lagarta
Que se alimenta das plantas
E depois de comida farta
Na crisálida a pupa avança.
Até se tornar borboleta
Fechando o ciclo ideal
Quando a crisálida se abre
E acontece o voo inaugural.
E todas se parecem tão iguais
Não há quem pense ou imagina
Olhando uma linda borboleta
Saber se é “Borboleta Menina!”
Ilha Solteira/SP
20/03/2016 – 22:33h