AS QUATROS ESTAÇÕES

AS QUATRO ESTAÇÕES

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

PRIMAVERA

Belas mulheres entregues a aquelas que servem as sementes das terras,

Pelo seu sublime olhar a encantar pelas flores que desabrocham pelas manhãs sinceras,

Lindas beldades como brotos livres dos conflitos que tumultuam as guerras,

Pelos ventos que encaminham os rumos das coisas as rotas dos barcos a velas.

Enfeitando a sua constância pelas estâncias daqueles perdidos pelo amor ao que se ferra,

No panorama estampado ao que serve de apresentação na estética sublime de uma tela,

Apostando na reciprocidade da flecha pela pontaria de um cupido que nunca erra,

Tornando escravo as algemas fervorosas preso ao compartimento cariciado de uma cela.

Pelo silêncio oculto daquela satisfação no alarde suave de quem sempre do amor berra,

Na esperança paciente e escondida da linda flor que desponta naquela manhã sempre bela,

Pelos encontros dos buracos que a um acaso um caso tampa um orifício a aquilo que se aterra.

Num sonho da luz, daquela demora que relevam todos os costumes de quem vivem a espera,

Das primeiras pétalas deliciadas as vontades concebidas aos proveitos das sensíveis remelas,

Seguem as flores exalando os seus perfumes nestas mulheres atraentes,

Das manhãs coloridas que estampadas pelo sol, sorrisos e convivências sempre reluzentes.

Desta estação das flores, dos arranjos ou dos desatar das correntes,

É a ilustríssima primavera.

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VERÃO

Verão de um todo que enaltece pelo seu calorão,

É o significado ardente de qualquer paixão,

Em um sorvete derretendo numa escalada que dissolve ou que começa

Numa ou qualquer esperada ou inesperada relação.

Do suor que umedece os corpos encostados um ao outro como acomodação,

Da saudade que restabelece o sentimento prezo por cada recordação.

Da chegada dos desejos ou realejos interligados pela relação,

Pela fragrância dos perfumes que modelam a estética

de quem esta ardente a uma aproximação,

Comprimidos aos moldes dos braços de um romance na iniciação.

À nudez de quem perde a vergonha naquilo que era de repreensão,

Virgens sedentas por algo que satisfaz pelo impulso de uma incontrolável masturbação.

Pelos moldes que correm as carícias prezas as delícias de uma trepidação,

Praias, bronzeamentos ou consentimentos firmes naquilo que dará uma forte coloração.

É talvez um início frenético de uma nova paixão.

Do prazer que obriga o carinho a escorrer pelos corpos as mãos.

Orgasmos das horas que ultrapassam a provocada ejaculação.

É os estigmas do prazer de cada calorão,

Incendiado pela vontade de cada relação,

Induzidas aos acasos de cada indexação,

Do verão.

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OUTONO

As folhas caem das árvores precipitando por uma altura disponível a qualquer imagem,

A infância compreendida por saudades apresentadas a qualquer idade.

As friagens contidas pelas inesperadas proximidades,

Corpos celestes circulam as noites por muitas viagens.

Calafrios provocados pelas fortes friagens.

Agasalhos presos as dinâmicas de qualquer roupagem,

Por onde os casais abraçam aos desejos das necessidades como maquiagens.

Daquelas que compromissadas as causas em todas as listagens,

Perdidos pelas sombras inconseqüentes ou imprescindível por algumas Ou todas as linhagens.

Uns falam daquilo que são maldades,

Outros elevam os atos magnânimos por aquele que pregam bondades.

Friagens perdidas por maiores buscas por incessantes viagens.

Por onde caem das árvores algumas porções de folhas,

As espumas que rejuvenescem a dor nas suas flutuantes bolhas.

Das folhas caídas que perpassam por quem for

A sua tão sonhada viagem.

Outono, estação daquela que perpetua o amor

por sua pessoal disponibilidade a proposital proximidade.

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INVERNO

Na solidão pelo frio de quem vive à espreita de uma demorada espera,

Pelo tempo que passa distante ao contexto consensual de uma significante esfera.

Olhares que cruzam por espaços numa proporcional paquera.

Saudades de tudo que passou pela coordenação daquilo que já era,

Sofrendo ao vazio distante ao que conduzimos como algo não moderno.

Aos vínculos compartilhados por uma suficiente esfera.

Ao mesmo tempo passante pelo que não acaba esticado pelo lado eterno,

Agasalhos com paletós a aconchegar e a embelezar como uma formalidades de um terno.

Silêncio a atormentar por alguns alarmantes berros,

Recipientes segredados por reclames internos.

As flores que alteram as cores por acasos hodiernos,

Pela busca do calor amenizado pelo que comentam de ruim ou bom sobre o inferno.

Luzes sobre aquilo que supõem que sejam sempre eterno,

Pautas de mensagens escritas nas folhas dos cadernos,

Frio sobre aquilo que aquece como conforto de quem se encontra sempre a espera,

Pelo que aparece de bom ou de ruim ao surgimento de uma nova era.

Sobre algo de qualquer condição que depende de uma qualquer Intera,

É a colocação remissiva remediando sobre o tempo pelo que há de eterno,

Pelo suposto agasalho que usamos como conforto sobre aquilo que está longe de ser um inferno.

Somando ao frio que transporta a tremularização como flores que desabrocham a manifestação de um qualquer amor paterno ou materno.

Namorados a amar pelo calor do prazer interno ou externo.

Pela servidão pelo que sempre se supõe como subalterno.

Muito se deve falar pela média do frio ilustrado por este clamor

de algum calafrio nesta estação de inverno.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 12/02/2016
Reeditado em 20/12/2016
Código do texto: T5541508
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